Thursday, April 17, 2008

Conferência Berlim

A Conferência de Berlim, realizada entre 15 de Novembro de 1884 e 26 de Fevereiro de 1885, constituida pelos países da Europa, entre os quais Portugal, Alemanha, Reino Unido, França e Espanha, teve como principal objectivo a partilha de África entre os países europeus de forma a acabar com os conflitos entre eles pela posse de territórios africanos.

África antes da Conferência

África depois da Conferência

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A divisão arbitrária da África teve o seu marco com a Conferência de Berlim iniciada em 1884 e só terminou no ano seguinte. Dela participaram os 15 países, 13 da Europa mais Estados Unidos e Turquia. Os Estados Unidos não possuíam colônias na África, mas era uma potência em ascensão. A Turquia, nesta época, ainda era o centro do extenso Império Otomano. Diversos assuntos foram tratados, mas o principal objetivo foi o de regulamentar a expansão das potências coloniais na África a partir dos pontos que ocupavam no litoral. A Grã-Bretanha e a França foram as que obtiveram mais territórios, seguidas de Portugal, Bélgica e Espanha. Territórios mais reduzidos foram ocupados pela Alemanha e pela Itália. Estes haviam entrado recentemente na corrida colonial devido aos seus tardios processos de unificação nacional. A Alemanha perderia o domínio de suas colônias africanas após a Primeira Guerra Mundial, acontecendo a mesma coisa com a Itália no final da Segunda Guerra.

Thursday, April 10, 2008

Imperialismo

Com o acúmulo de riqueza no século XIX houve a necessidade de conquistar novos mercados consumidores. Com isso ocorreu o Imperialismo, que foi a dominação dos países industrializados da Europa sobre países tidos como "atrasados" da África e Ásia. Houve dominação também na América.

Essa colonização, a do século XIX, foi diferente da colonização que ocorreu entre os séculos XVI e XVIII, época da transição do feudalismo para o capitalismo.
No Imperialismo a busca era por fornecedores de matérias-primas para as indústrias e, conseqüêntemente, de mercados consumidores, enquanto que a colonização que começou no século XVI, buscava metais preciosos, de grande valor no mercado europeu. Além disso, essa colonização se concentrou mais na América.

O processo de colonização:

A dominação européia não teve limites. Para eles os africanos e os asiáticos eram povos "subdesenvolvidos" e necessitavam de mudanças.
Tinham como argumento que um povo civilizado seria aquele que tivesse a mesma cultura européia, isso é, o mesmo modo de vida e o mesmo desenvolvimento.

Violência contra os africanos Usavam de violência com a população, utilizando exploração pela força e submissão racial.
Alguns tinham por argumento a religião. Queriam levar a palavra de Deus aos povos que não eram cristãos.

De uma forma ou de outra, sempre menosprezaram os povos colonizados.

Houve também outros tipos de domínio. A dominação econômica deu-se em países que tinham independência e um governo próprio.
Com isso ficaram submetidos ao controle econômico dos países imperialistas. Essa dominação ocorreu em países da América Latina.

A partilha da África Imperialismo na África

Os europeus já exploravam algumas regiões do litoral Africano desde o século XVI, por causa do comércio de escravos. Mas os europeus não conheciam totalmente a África.
Houve muitas expedições com a finalidade de conhecer mais a África. Muitos aventureiros, botânicos, biólogos foram para lá estudar e conhecer a região.

Foi a partir de 1870 que começou a disputa imperialista.

Em 1885 foi realizada uma Conferência Internacional em Berlim, onde se estabeleceu a partilha da África para que não houvesse conflitos. A Conferência ocorreu de 1885 até 1887.
Os países que já tinham domínio sobre algumas regiões expandiram seus territórios. Houve algumas resistências internas contra a modernização ocidental:

A guerra dos Bôeres

Os britânicos queriam ocupar as regiões de Transvaal e Rodésia, por causa das jazidas de ouro e diamantes, mas tiveram que enfrentar a resistência dos bôeres.
A disputa durou de 1899 até 1902, com a vitória dos britânicos.

O Apartheid

Além da destruição dos povos e suas culturas, houve na África o racismo, sendo de grande intensidade na África do Sul com a política de segregação racial, o apartheid.

Isso ocorreu a partir de 1911, onde ingleses e as populações brancas nascidas na África (os africâners) queriam o domínio sobre a população negra.
Em 1948 teve início o regime de segregação racial, o apartheid, com a chegada ao poder do Partido Nacional. As leis impostas aos negros foram:

  • não tinham participação política;

  • não podiam ter os empregos com melhor remuneração;

  • tinham que viver em áreas longe das residências dos brancos;

  • não tinham acesso à propriedade de terra.

Começaram a haver resistências. Nelson Mandela, líder do Congresso Nacional Africano (CNA), organiza oposições ao governo.
Muitos negros foram mortos quando faziam manifestações. Nelson Mandela acabou preso em 1962.

Depois de disputas pelo fim do regime, este começou a se enfraquecer.
Outras nações fizeram pressão para o fim do apartheid, o que fez por desestabilizar a economia africana.

O governo necessitava de mudanças, e em 1987 o Partido Nacional não consegue votos suficientes para continuar no poder.
O novo presidente Frederik de Klerk revoga as leis do apartheid.

Nelson Mandela foi solto em 1990 e voltou a dirigir a CNA. Ele ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1993 junto com Frederik Klerk, e em 1994 foi eleito presidente pelo CNA.

Muitas mudanças são feitas na África.

Tipos de Pesquisa

Este capítulo não era para existir, já que não vejo a menor importância na necessidade de um pesquisador ter que definir o tipo de pesquisa que vai executar. O importante é que o pesquisador saiba usar os instrumentos adequados para encontrar respostas ao problema que ele tenha levantado.
No entanto são tantas as pessoas que me consultam através desta Home Page sobre este assunto, que resolvi acrescentar este capítulo. O que ocorre aqui parece ser aquele lema conhecido pelos estudiosos da dinâmica educacional: "se podemos complicar para que simplificar?"
Pesquisa é o mesmo que busca ou procura. Pesquisar, portanto, é buscar ou procurar resposta para alguma coisa. Em se tratando de Ciência a pesquisa é a busca de solução a um problema que o alguém queira saber a resposta. Não gosto de dizer que se faz ciência, mas que se produz ciência através de uma pesquisa. Pesquisa é portanto o caminho para se chegar à ciência, ao conhecimento.
É na pesquisa que utilizaremos diferentes instrumentos para se chegar a uma resposta mais precisa. O instrumento ideal deverá ser estipulado pelo pesquisador para se atingir os resultados ideais. Num exemplo grosseiro eu não poderia procurar um tesouro numa praia cavando um buraco com uma picareta; eu precisaria de uma pá. Da mesma forma eu não poderia fazer um buraco no cimento com uma pá; eu precisaria de uma picareta. Por isso a importância de se definir o tipo de pesquisa e da escolha do instrumental ideal a ser utilizado.
A Ciência, através da evolução de seus conceitos, está dividida por áreas do conhecimento. Assim, hoje temos conhecimento das Ciências Humanas, Sociais, Biológicas, Exatas, entre outras. Mesmo estas divisões tem outras sub-divisões cuja definição
varia segundo conceitos de muitos autores. As Ciências Sociais, por exemplo, pode ser dividida em Direito, História, Sociologia etc.


Tentando descomplicar prefiro definir os tipos de pesquisa desta forma:

Pesquisa Experimental: É toda pesquisa que envolve algum tipo de experimento.

Exemplo: Pinga-se uma gota de ácido numa placa de metal para observar o resultado.


Pesquisa Exploratória: É toda pesquisa que busca constatar algo num organismo ou num fenômeno.

Exemplo: Saber como os peixes respiram.


Pesquisa Social: É toda pesquisa que busca respostas de um grupo social.

Exemplo: Saber quais os hábitos alimentares de uma comunidade específica.


Pesquisa Histórica: É toda pesquisa que estuda o passado.

Exemplo: Saber de que forma se deu a Proclamação da República brasileira.


Pesquisa Teórica: É toda pesquisa que analisa uma determinada teoria.

Exemplo: Saber o que é a Neutralidade Científica.

Antecedentes
Vários problemas atingiam as principais nações europeias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colónias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra.

Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava se armar mais do que o outro.

Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região perdida.

O pangermanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos.

O início da Grande Guerra
O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Feriando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-de-obra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de Julho de 1914, declarou guerra à Servia.

Política de Alianças
Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Intente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido.

O Brasil também participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Intente.

Desenvolvimento
As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas.

Fim do conflito
Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância : a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de Versa-lhes que impunha a estes países fortes restrições e punições. A Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada, perdeu a região do corredor polónias, teve que devolver à França a região da Alsácia Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado de Versa lhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra Mundial.

A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos, arrasou campos agrícolas, destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos económicos.


Thursday, April 3, 2008

Apresentação

Sou um professor de História no liceu Nacional kwame N´krumah há muito tempo. Como aprendi a trabalhar com internet resolvi criar um blog para facilitar o estudo dos meus alunos.